Um homem de 52 foi preso em flagrante por violência doméstica, na tarde deste sábado (24), em Araguaína. A vítima, de 45 anos, já estava com ferimentos de dias anteriores e buscou socorro na casa de vizinhos. A ocorrência foi registrada na rua Joaquim Amanso, no Setor Presidente Lula. 

 

O agressor foi preso por lesão corporal leve dolosa, mas a vítima relatou que as agressões são frequentes.

 

Conforme a PM, vizinhos acionaram o 190 após ouvirem gritos de socorro. Uma das testemunhas filmou parte da cena e contou à PM que a vítima correu para a casa de sua sogra pedindo ajuda. 

A vítima apresentava uma fratura na perna esquerda, causada por uma agressão anterior com um pedaço de madeira. O SAMU foi acionado e realizou curativos em ferimentos. Em depoimento, a mulher revelou o histórico de violência. 

 

“Tô com a perna quebrada de outro dia que ele bateu com um pau e quebrou minha perna. Hoje eu tava deitada na cama quando ele me puxou pelo cabelo e me derrubou da cama e começou me bater, me deu um murro no rosto e quando eu caí da cama comecei a gritar pedindo socorro”. Relatou a vítima em depoimento à polícia. 

 

Já o agressor, identificado como Antônio José da Silva, de 52 anos, negou as acusações e alegou que a mulher se machucou sozinha. “Eu vivo com essa minha companheira tem quase 20 anos. Ela bebe, eu bebo. Agora mesmo ela se machucou. Eu nunca vou fazer isso com a minha mulher, minha companheira.”

 

 

O tenente Claudomir, da PM, que atendeu a ocorrência, destacou a gravidade do caso. “É mais um caso de violência doméstica que a PM acompanha. Os vizinhos ligaram e disseram que é frequente esse cidadão fazer o uso de violência doméstica contra sua companhia. A vítima já possui medida protetiva, porém aconteceu novamente. Ele tá sendo conduzido até as autoridades competentes. A gente observa pelo fato de a violência ser constante, ela precisa sim de uma casa de apoio. A gente tá vendo do jeito que está indo as coisas aqui, vai acontecer o pior”.  

 

O tenente reforçou casos de violência deixam os militares indignados e que a mulher deve ser tratada com respeito. 

 

“Principalmente ela, conforme relatado por ele, já tem aproximadamente 20 anos que convive com ela, então assim, ela merecia um respeito maior. É um absurdo que a Polícia Militar não aceita, onde em qualquer lugar que a pessoa estiver precisando da policia militar, a gente vai fazer o possível pra chegar até essa pessoa”

 

Antônio José foi levado à Delegacia de Plantão e permanece à disposição da Justiça. A vítima recebeu atendimento médico e foi orientada a buscar apoio jurídico e psicológico.